Os provedores de serviços estão enxergando a demanda crescente por novos serviços de seus clientes, impulsionados principalmente pela evolução e adoção de novos serviços baseados na nuvem, demanda por vídeo de alta definição, crescimento exponencial da Internet das coisas (IoT) e surgimento de novas tecnologias como a realidade virtual. Esse crescimento tecnológico oferece aos provedores de serviços a oportunidade de expandir seus negócios e aumentar a receita.

Contudo, para aproveitar esta oportunidade, um provedor de serviços deve ser capaz de planejar, projetar e entregar novos serviços aos seus clientes o mais rápido possível. Fazer isso em uma rede multicamadas que compreende camadas óticas e IP/MPLS adiciona alguns desafios.

O desafio da rede multicamada

Para projetar e fornecer rapidamente novos serviços aos clientes, os provedores de serviços precisam de visibilidade e gerenciamento ponta a ponta nas camadas óticas e IP/MPLS. Porém, muitas redes de provedores de serviços são gerenciadas separadamente por diferentes grupos com pouca ou nenhuma coordenação entre si. Por tanto, o grupo que gerencia uma camada não está ciente dos problemas da outra, resultando em uma falha na entrega de serviços.

A ausência de coordenação e visibilidade também aumenta o tempo de colocação no mercado ao entregar novos serviços. O provisionamento de um novo caminho baseado em restrições na rede multicamadas geralmente requer amplo planejamento e colaboração entre as equipes separadas que gerenciam as camadas individuais. Devido à complexidade envolvida nas grandes redes de provedores, com centenas de rotas possíveis e vários caminhos óticos, isso pode levar dias ou até mesmo semanas. Mas estariam os clientes dispostos a esperar tanto tempo, especialmente se (por exemplo) a nova solicitação de serviço for para um caminho diverso e temporário de baixa latência para transmitir um evento ao vivo por alguns dias?

Outro desafio surge da forma como as camadas óticas e IP/MPLS lidam com a restauração. Tradicionalmente, cada camada lida com a restauração independente da outra. Em redes óticas de longa distância sem proteção de 1:1, o reencaminhamento do tráfego pode demorar um tempo significativo. Se a restauração for realizada sem considerar o impacto na camada IP/MPLS, isso poderá implicar problemas adicionais de tráfego e restauração.

Chegou a orquestração inteligente de múltiplas camadas

Atualmente, é essencial que os provedores de serviços tenham a capacidade de orquestrar automaticamente o planejamento e a implantação de novos serviços em redes multicamadas de vários fornecedores e em vários domínios. Eles também precisam ser capazes de minimizar o tempo médio de identificação (MTTI) e o tempo médio de restauração (MTTR) dos problemas e, assim, garantir o desempenho de suas ofertas de serviço.

É isso que o Blue Planet da Ciena traz para os provedores de serviços. Com a recente aquisição da Packet Design, cujos produtos a Ciena denominou a família ROA (Route Optimization and Assurance), a plataforma Blue Planet agora fornece a inteligência e a análise necessárias para orquestrar a implantação de serviços entre as camadas 0 a 3. Conforme mostrado na tabela a seguir (Figura 1), a solução de software ROA fornece computação, provisionamento e garantia de caminho de serviço automatizado. Ao combinarmos isso com a orquestração de serviços de vários domínios do Blue Planet (MDSO), os provedores de serviços agora têm a capacidade de automatizar de forma inteligente a entrega de serviços de várias camadas, desde o projeto até a implantação.

Vejamos um exemplo de como o Blue Planet MDSO e o ROA funcionam juntos. Um cliente que requer conectividade entre seu data center e uma nova filial pode solicitar um caminho da interface do usuário (UI) do Blue Planet ou uma chamada de API aberta (passo 1 na Figura 2 abaixo). Essa solicitação é então encaminhada pelo MDSO para o ROA (passo 2), que aproveita sua visibilidade na topologia de camada IP/MPLS e as informações do caminho de roteamento e calcula um novo caminho IP da origem ao destino com base nos requisitos do cliente (passo 3). O caminho computado é então comunicado ao MDSO (passo 4), que provisiona o novo caminho IP ponta a ponta e, se as restrições definidas também exigirem um novo caminho ótico, também estabelece uma conexão na rede subjacente na Camada 0 ou na camada 1 (passo 5).

Figura 2: orquestração multicamadas com o Blue Planet

 

O Blue Planet orquestra de forma inteligente todo o processo de provisionamento de caminho em múltiplas camadas, com intervenção humana mínima, para permitir uma rede mais adaptativa e automatizada.

Quer saber mais sobre este caso de uso? Convidamos você a participar do Webinar no dia 21 de agosto, onde Sterling Perrin, Analista Principal da Light Reading, conversará sobre como a orquestração e a automação multicamada inteligente podem ajudar as redes a sortear os desafios das redes multicamadas.