Os desafios diários dos provedores de serviços de Internet (ISPs) estão aumentando: o rápido crescimento do número de assinantes, a busca por mais largura de banda, constantes mudanças nas configurações de serviços, a necessidade de provisionamento rápido e as crescentes restrições dos SLAs (contratos de nível de serviço) do cliente. Os usuários finais de hoje estão mais empoderados e pedem mudanças. 

Para suportar esse ambiente altamente complexo, as cargas de trabalho e os custos operacionais dos ISPs estão aumentando, bem como o risco de impactar negativamente a qualidade da experiência do cliente. Diante desse cenário, o caminho natural para os ISPs é buscar novos investimentos para implantar infraestrutura adicional para escalar sua capacidade de rede. O objetivo disso é muitas vezes focado em atender às necessidades imediatas, minimizando o gasto de capital, o que pode resultar na falta de consideração da visão mais ampla da evolução da rede e do impacto no custo total do serviço. 

Essa abordagem cria uma rede não escalável e muito complexa de gerenciar e manter, com um custo muito alto para fornecer serviços. Conclusão: ou o ISP investe fortemente na expansão de sua capacidade e prejudica a margem ou investe de forma conservadora e impacta negativamente a satisfação do cliente. 

Há, no entanto, uma terceira opção que os provedores podem considerar ao enfrentar o desafio de desenvolver a rede de maneira sustentável, otimizando custos e garantindo agilidade na entrega de serviços: uma evolução gradual para uma arquitetura de rede aberta e programável, que garante que a capacidade do ISP possa crescer sem tornar as operações um pesadelo.  Uma abordagem que permite que a rede evolua para uma arquitetura que possibilita reduzir o custo atual dos serviços enquanto prepara a rede para serviços futuros. 

Dominando a complexidade 

Na Ciena, nossa visão de tornar isso possível é uma infraestrutura de rede capaz de lidar com as novas demandas para que tudo seja “dinâmico” e “mais rápido”. Como líder mundial em redes ópticas, acesso carrier-ethernet e interconexão de data center, oferecemos aos ISPs a capacidade de ter uma rede cada vez mais inteligente, ágil e com maior capacidade de resposta – por meio da Adaptive NetworkTM da Ciena. 

Já implantada em várias das maiores operadoras internacionais e provedores de Internet em todo o mundo, inclusive na América Latina, a arquitetura envolve três pilares diferentes que podem ser implementados juntos ou de forma independente, tornando as redes dos ISP muito mais abertas, escaláveis e econômicas. 

O primeiro desses pilares é a infraestrutura programável, ou também "conexão", que consiste em um portfólio de plataformas de propósito específico, abertas, programáveis, compatíveis com SDN (rede definida por software) que suportam a implementação de serviços Ethernet, TDM e IP com capacidades que variam de 1Gbps a 100Gbps em diferentes formatos. Essas plataformas têm alta densidade de portas, o menor consumo de energia do mercado e um tamanho otimizado. As soluções da Ciena também possuem um conjunto de funções que simplificam a implantação de serviços como o ZTP (provisionamento sem interação humana), que reduz a necessidade de técnicos especializados em campo, reduzindo o tempo e os erros de implementação. As Packet Platforms da Ciena também possuem um amplo conjunto de ferramentas de service assurance baseado em norma padrão já integrado, permitindo testar de maneira remota a latência, a taxa de throughput, a perda de quadros, o teste de delay, entre outros, sem necessidade de equipamentos ou equipes especializadas. 

A Ciena também possui plataformas que suportam interfaces ópticas coerentes de alta capacidade, permitindo que os ISPs expandam seu alcance alugando espectro de outros provedores, sem a necessidade de investir em seus próprios sistemas de linha óptica de longa distância. Esse modelo abre novas oportunidades de negócios e a possibilidade de interconectar-se a diferentes provedores de capacidade e operadoras de rede, reduzindo o custo da capacidade. 

O segundo pilar é o controle e automação de software, ou “ação”, que compreende a parte de controle e automação da rede. Como a abertura está no centro de todo o design de plataformas da Ciena, as operadoras e os ISPs podem adotar soluções oferecidas pela divisão Blue Planet da Ciena, desenvolver internamente ou adotar software de outros fornecedores, aproveitando a automação. É imperativo que os ISPs e as operadoras parem de investir em tecnologias legadas, rígidas e fechadas (proprietárias) para garantir a evolução e a adoção da automação. Apostar na tecnologia legada pode reduzir um pouco o investimento em curto prazo, mas terá um impacto negativo sobre o custo operacional, a capacidade de crescimento e certamente a competitividade muitas vezes mais do que a economia inicial. 

O terceiro pilar, análise e inteligência, também chamado de "sentido". As plataformas da Ciena exportam telemetria em tempo real que reúne dados do desempenho da rede. Essas informações podem ser processadas por plataformas de big data e machine learning, como as disponíveis na família Ciena Blue Planet ou em outra solução definida pela operadora. Essas informações são exportadas usando protocolos abertos e padronizados e permitem que os ISPs e as operadoras otimizem a configuração de redes para diferentes aplicações.

Com os três pilares trabalhando juntos, é possível criar um ecossistema que torne a rede adaptável para diferentes casos de uso. Essa abordagem permite que os ISPs tenham uma infraestrutura escalável, flexível, otimizada, programável e pronta para a automação de serviços, alinhada às necessidades de diferentes aplicações. Além disso, com a plataforma analítica, o fornecedor terá uma compreensão preventiva do que precisa ser feito para otimizar a rede. Essa evolução se traduz em redução do custo operacional, proteção do investimento e muito mais agilidade para atender aos clientes.

Na Ciena, entendemos claramente que cada ISP iniciará sua jornada em um ponto diferente e seguirá seu próprio caminho e cronograma únicos para chegar à Adaptive Network. Estamos prontos para apoiá-los nesta jornada e discutir as melhores formas de evoluir sua infraestrutura com base em metas de curto, médio e longo prazo, levando em conta as características de cada provedor e seu mercado. 

As demandas nas redes só continuarão crescendo e mudando, e o provedor de serviços que adotar esse fato e começar a avaliar seus planos para atender a essas necessidades - terá uma vantagem inicial para o sucesso.