As organizações Internet & Television Association (NCTA), CableLabs®, e Cable Europe iniciaram o ano de 2019 compartilhando a visão do setor de cabos para fornecer redes de 10 gigabits/segundo, ou 10G.  10G - "O próximo grande salto para a banda larga" - é pelo menos 10 vezes mais rápido do que a experiência do consumidor atual.

O 10G será totalmente habilitado à medida que as MSOs implementem arquiteturas de acesso distribuído (DAA) estendendo os nós de fibra digital (DFNs) mais próximos do usuário final e transformem funções legadas em serviços na nuvem.   Uma parte fundamental dessa transição é a renovação da rede de acesso entre o núcleo CCAP e os DFNs, uma rede baseada em pacotes que o setor chama de rede de interconexão convergente (CIN), uma área estratégica de interesse para a Ciena. 

O que é a CIN?

A rede de interconexão convergente (CIN) foi definida e usada pela primeira vez em 2005, quando a CableLabs lançou as especificações Modular CMTS, que era uma forma inicial de DAA.  Foi nessas especificações que o termo CIN foi definido e usado pela primeira vez.   Mais recentemente, no contexto da DAA, a CIN foi descrita em um documento de arquitetura da CableLabs em 2015 (definição do PHY remoto - nesta especificação, a CIN é descrita como a rede entre o núcleo CCAP e o RPD, incluindo conectividade de planta externa e dentro do hub). 

Quatro anos depois, e a caminho das implantações massivas da DAA, a definição da CIN merece outro olhar para garantir que ela forneça a base correta para novas oportunidades disponíveis para as MSOs, além de garantir que elas continuem prosperando em seu ambiente competitivo. 

Olhando mais a frente, a CIN precisa abranger mais do que apenas conexões de um MAC centralizado para dispositivos PHY remotos, por exemplo, algumas MSOs agora estão buscando soluções MAC e PHY remotas e flexíveis. Consequentemente, a CIN deve atender a todas as variações de topologias MAC e PHY.

A evolução da CIN

Convergida: originalmente, referia-se apenas aos serviços CCAP, que incluíam CMTS e funções de vídeo. No entanto, as MSOs agora estão procurando usar a CIN para obter maiores eficiências operacionais. Por exemplo, ela hospedaria outras redes de dados, como móveis e Fiber-to-the-Premise (FTTP).

Do ponto de vista da arquitetura, a CIN deve ser construída para suportar uma mistura de PHY remoto, MAC-PHY remoto, PON, fronthaul móvel e backhaul (macro e small cell) e VPN ponto-a-ponto. No setor de serviços, a CIN provavelmente precisará suportar uma combinação de sinalização para a tecnologia DOCSIS® , vídeo (multicast e unicast), 4G, 5G, serviços corporativos e as telemetrias correspondentes.

Interconexão: a transição para a DAA é dramática, não apenas porque cada ponto terminal da planta externa muda, mas também a extensa rede de interconexão coaxial-RF em hubs ou headends também se transforma em terminais de rede com fibra digital.  Combine isso com a necessidade para que a CIN ofereça suporte não apenas a caixas de núcleo de pacote herdadas, mas também núcleos de pacotes baseados na nuvem e suas malhas do data center, e os aspectos de conectividade podem se tornar complexos, uma oportunidade de simplificação por meio de uma rede mais adaptativa, a Adaptive NetworkTM.

Rede: antigamente, as pessoas diziam, “é apenas Ethernet” e, embora a Ethernet seja uma grande parte dela, as ferramentas de transmissão úteis para a CIN são coletivas e podem incluir: Ethernet, IP, OTN, WDM, CPRI, eCPRI ou outros protocolos centrados em pacotes.  Em última análise, as arquiteturas e serviços mencionados acima podem coincidir com a CIN em diferentes camadas de rede; na camada um com fibra ou ótica, na camada dois com comutação e na camada três com roteamento, o que a torna um interessante exercício de engenharia para conseguir uma rede muito robusta e flexível. 

Um aspecto da CIN que não mudou nos últimos quatro anos é o compromisso com os terminais simétricos de 10G. 

O que surgirá de novo para a CIN?

A Ciena está trabalhando com entidades do setor e MSOs de cabo, para garantir que a CIN em evolução suporte os requisitos da DAA e estenda a fibra mais profundamente até a borda da rede.  Na Ciena, oferecemos uma solução CIN abrangente e um roteiro que suporta uma variedade de arquiteturas baseadas em produtos interoperáveis e automação ativada por software para o gerenciamento do ciclo de vida. 

A Ciena permite que as MSOs alcancem eficiências operacionais significativas com agregação/comutação de pacotes de alta densidade líder do setor e ótica coerente integrada.  Confira este pequeno vídeo que apresenta a solução Fiber Deep da Ciena para a CIN interoperando com um dispositivo Harmonic vCCAP e PHY remoto.

O trabalho sobre isso continuará. Por exemplo, a Ciena participa ativamente do Grupo de trabalho de ótica coerente ponto-a-ponto da CableLabs, apoiando a iniciativa de ótica coerente de 100G do setor, necessária para aumentar a capacidade ótica na CIN (você pode saber mais sobre essa iniciativa nesta breve sessão de perguntas e respostas).  Estamos orgulhosos de termos participado do evento inaugural da Point-to-Point Coerent Optics Interop na CableLabs no final de 2018. 

É ótimo ver a CIN se tornando uma parte mais proeminente das discussões da DAA, como aconteceu na SCTE Cable Tec EXPO 2018.   Estamos ansiosos para continuar as discussões em torno da próxima geração de redes de acesso por cabo, o papel crítico da CIN e a migração para uma rede mais adaptativa (Adaptive Network). Esses temas serão discutidos com colegas do setor no painel DAA na conferência Cable Next Gen (Cabo de próxima geração) da Light Reading, que se levará a cabo no dia 14 de março, em Denver e, no próximo webinar sobre DAA da SCTE/ISBE Live Learning, no dia 21 de março.

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