Bem-vindo à era do acesso

A demanda explosiva por conteúdo de alto consumo de largura de banda, como streaming de vídeo e aplicativos móveis, está ameaçando saturar as redes e impactar negativamente o desempenho. Além disso, a próxima geração de aplicativos móveis 5G de baixa latência, jogos e realidade virtual, acentuará o problema, dificultando ainda mais a entrega da QoS perfeita que os usuários de hoje esperam.

Qual é exatamente o novo acesso da rede?

É provável que o acesso ou borda da rede pareça um pouco diferente para cada provedor, dependendo de suas prioridades e modelos de negócios específicos.

Para alguns, um centro de dados de pequeno a médio porte próximo de uma população de usuários finais fará sentido, proporcionando um equilíbrio adequado do desempenho de serviço e da eficiência operacional e de implantação. Para aqueles que se especializam em serviços premium de baixa latência, uma abordagem mais distribuída funcionará melhor, possivelmente usando um número maior de “pilhas” de borda localizadas em locais distribuídos muito próximos das populações de assinantes.

Construção de casos de negócios para implementações de acesso

As implantações de redes de acesso estão começando e o setor ainda está no processo de desenvolver casos de negócios concretos que prevejam com precisão o ROI. No entanto, se se espelharem na abordagem bem-sucedida da Netflix "construa conforme seu crescimento", é provável que os provedores implantem infraestrutura de acesso próxima a grandes centros populacionais, onde a demanda por determinados serviços promete um rápido retorno aos seus investimentos.  Uma vez que os casos de negócios podem ser estabelecidos com base em histórias de sucesso e implantações em vilas e cidades semelhantes, pode ser possível adotar uma abordagem mais ambiciosa de “construa e os clientes chegarão” para implantações de acesso.

Obstáculos potenciais para estratégias de redes de acesso

Colocar o equipamento de rede mais perto dos clientes é ótimo na teoria, mas existem algumas observações práticas a considerar. Dentre elas, a falta de imóveis físicos próximos às populações de assinantes é um obstáculo significativo a ser superado. Afinal de contas, o modelo de rede de acesso exige que dezenas, centenas ou até possivelmente milhares de novos locais sejam implantados e com poucos imóveis disponíveis, as estratégias de acesso dos provedores de conteúdo poderiam sofrer atrasos significativos.

A outra possível limitação para projetos de redes de acesso é o requisito de conexões de rede de alta largura de banda em cada site de acesso proposto. Requisitos adicionais incluem fornecimento adequado de energia e refrigeração, juntamente com segurança do local físico.

Superando os desafios em parceria

É provável que a criação de uma estratégia de rede de acesso bem-sucedida exija o suporte de vários parceiros tecnológicos com diferentes recursos e conjuntos de habilidades. Os parceiros podem incluir provedores que já tenham sites próximos a populações de assinantes; fornecedores de rede que oferecem liderança em tecnologia de acesso; empresas de data center com conhecimento de AWS, Google e de outros aplicativos importantes do data center; e integradores de sistemas com as habilidades para implantar e testar redes de vários fornecedores e gerenciar projetos complexos ponta a ponta.

Geração de novas oportunidades de acesso com equipamentos reforçados para a rua

No futuro próximo, esperamos ver consórcios organizados de parceiros de implantações de redes de acesso que sejam capazes de entregar projetos de implementação prontos para uso para os clientes provedores de conteúdo, com um único ponto de contato e responsabilidade. Esse modelo oferece grandes oportunidades de negócios para provedores de conteúdo, fornecedores de rede, provedores de serviços, SIs, consultores e outros, além de minimizar os riscos do projeto.

Além da parceria com aqueles que já têm sites próximos aos clientes, os provedores de conteúdo podem incluir a construção de seus próprios micro data centers em gabinetes na rua. Essa abordagem pode reduzir a pressão no espaço do data center existente, além de reduzir a burocracia para o planejamento e aumentar as alocações de energia.